domingo, 30 de novembro de 2008

Todo mundo pode ser Papai Noel


Este ano o natal de muitas crianças carentes já está garantido e terá um sabor diferente. Uma ação entre o CRESCE, Comitê de Responsabilidade Social e cidadania empresarial da Emater, Empresa de assistência técnica e Rural de Minas Gerais, em parceria com os correios irá garantir que muitas crianças não fiquem sem o presente do bom velhinho papai Noel.
É a campanha papai Noel dos correios, que consiste na parceria com empresas que adotam algumas das milhares de cartinhas enviadas pelos correios destinadas ao papai Noel. Desta vez algumas cartinhas foram parar na árvore de natal da unidade central da Emater.
Não tem limite de idade para se escrever às cartinhas, apesar da maioria delas, serem de crianças bem pequenas em fase de aprendizado escolar, e os presentes são os mais inusitados. Algumas crianças extrapolam e pedem carro, bonecas caríssimas, piscina, bichos de estimação, e outras simplesmente pedem uma roupa ou um sapato novo, muitas das vezes para o irmão menor ou até mesmo que lhe seja enviado um cartão de natal.
Para a Jornalista e mãe de dois filhos, Flavia Souza, funcionária da Emater, é normal uma criança pedir um brinquedo ou uma roupa, mas o que partiu seu coração foi uma criança pedir uma lata de tinta branca para pintar sua casa que estava muito feia. “É nessas horas que temos que ensinar para os nosso filhos, o verdadeiro valor das coisas da vida, e como algumas pessoas vivem tão carentes de coisas que muitas vezes não damos tanta importância”, afirma ela.
Segundo Clarissa Ferreira de Souza, uma das representantes do comitê de responsabilidade social da Emater, a função da empresa é apenas facilitar o acesso dos funcionários às cartinhas. “O que queremos com a colaboração dos funcionários nesse primeiro ano de parceria com os correios, é garantir a oportunidade de crianças carentes serem apadrinhadas e pelo menos terem um natal menos sofrido e com a certeza de que os sonhos muitas vezes podem ser realizados, não somente por um papai Noel, mas por uma corrente do bem que se transforma no bom velhinho”.


domingo, 22 de junho de 2008

TREINEE, MUITO BEM OBRIGADO



Todos os anos grandes empresas, principalmente as multinacionais investem milhares de dólares para treinar e formar um seleto grupo de jovens talentos, considerados de alto potencial, com a aposta de que eles tragam suas habilidades á companhia e possam futuramente assumir posições que outros funcionários levariam mais tempo para alcançar.

Em busca desse palco, milhares de jovens se inscrevem nos programas de treinee e enfrentam verdadeiras maratonas e processos seletivos, muitas vezes tendo que mudar de cidade, estado, ou até de país. Todo o processo de seleção, estrutura e postos de trabalho oferecidos variam bastante de uma empresa para outra, mas de forma geral os programas duram cerca de um ano.

Apesar de ser tradicionalmente voltado para quem deseja fazer carreira na área de gestão empresarial, hoje em dia os programas estão abrindo oportunidade para todos os campos de atuação.

Entre os fatores que mais atraem recém formados para essa maratona, estão os altos salários e os diversos benefícios oferecidos, que podem incluir tratamento vip da diretoria e da área de recursos humanos, contatos freqüentes com altos executivos e a possibilidade de conseguir um cargo de executivo na empresa. Segundo Maria Elisa Aguiar, supervisora de uma das lojas da multinacional Holandesa C&A Modas, e que começou como treinee na mesma empresa que trabalha atualmente, o maior desafio enfrentado por quem se aventura no processo seletivo, é a falta de domínio do inglês o que acaba eliminando 60% dos que concorrem a uma vaga como treinee.

Ele disse ainda que outros candidatos ficam fora da disputa por não conseguirem se adequar ao nosso sistema da empresa, por não conseguirem agüentar a pressão das metas, ou por apresentarem um estilo de liderança autoritária. Apesar dos desafios, ele afirma que concorrer ao processo seletivo de treinee é uma das maiores jogadas profissionais que um recém formado pode fazer, porque o treinee é um funcionário normal, amparado pela CLT(Consolidação das Leis de Trabalho) e com o direito a um salário muito maior que a categoria ganha no mercado, o que gira na casa dos R$3,5 mil e chegando a R$5,5 mil, iniciais.

Muitos confundem o treinee com estagiário, mas a grande diferença está na dinâmica do trabalho. O estagiário é um estudante que recebe bolsa-auxílio, não é registrado e na maioria das vezes é privado dos benefícios. Já o treinee, além do alto salário e de todos os benefícios, tem a grande chance de aprender mais e construir uma carreira sólida em cima do treinamento recebido.

Além disso, tem a chance de conhecer todas as áreas da empresa e investir na que mais lhe agradar, mostrar suas habilidades diante do projeto que lhe é proposto, adquirir autonomia dentro da empresa onde atua, conquistar uma bagagem muito ampla de conhecimento podendo se destacar e chegar num futuro breve até a comandar a empresa que o submeteu a altas doses de treinamento. ‘’A essência do processo de treinee é formar verdadeiros líderes’’, afirma Maria Elisa.

Erlinda Santos

segunda-feira, 2 de junho de 2008

PODEMOS DEIXAR O SONHO ACABAR?

No ano de 1968 ocorreu a maior rebelião estudantil da história do Brasil. É o ano em que os secundaristas se engajam com mais vigor, trazendo para os protestos sua ousadia e audácia no movimento estudantil. Este é um tema riquíssimo porque 1968 é um emblema do ponto de vista histórico, econômico e cultural que ocorreu não somente no Brasil, mas nas partes mais importantes do mundo. Foi um período que aflorou com muito rigor o espírito libertário com um comportamento e um patriotismo único que se distingue de todas as épocas.
É esse contexto que sintetizou a abertura da semana 1968 na faculdade Estácio de Sá, com a pergunta, o sonho acabou? Com uma descarga de adrenalina, a militante do movimento estudantil nos anos 60, Gilse Cosensa abriu o livro da sua as vida descrevendo os momentos de terror sempre acompanhados do gostinho da glória que viveu durante o movimento nas décadas de 60 e 70, quando os jovens levavam a luta mais do que á sério e faziam valer seus direitos. O seu tema , ‘’Um olhar feminino sobre a luta política’’ revelou a essencia do movimento naquela época em que os jovens passava por cima de qualquer coisa que pudesse reprimi-los e ferir os verdadeiros objetivos. Gilse que já teve um pedido de prisão condicional por causa do seu currículo da faculdade apresentado como prova do quanto era perigosa e ‘’subversa inteligente’’, contou sua trajetória de lutas, onde teve que fugir, viver na clandestinidade, trocar de nome, ser presa, torturada fisicamente, sexualmente e psicologicamente, viver na clandestinidade, ficar separada de sua filha e sofrer as maiores atrocidades que um ser humano pode sofrer, disse que se pudesse voltar no tempo, mesmo sabendo de todas as perdas que teria, certamente viveria tudo de novo, porque hoje em dia ela vê que seu sacrifício não foi em vão.
‘’O direito de pensar, debater, se formar já não é mais crime como na nossa Época. Durante o movimento, tínhamos que mudar o mundo através dos líderes políticos e contestar a ditadura que predominava no país em que era crime estudar, questionar e propor. Hoje em dia, diferente daquela época, temos a chance de questionar, e lutar sem correr o risco de sermos presos e torturados. Infelizmente os jovens de agora estão muito passivos, vítimas do conformismo e não tem o espírito da luta para garantir seus direitos’’, desabafou Gilse.
O estudante de jornalismo Willian Félix, disse que o movimento de 1968 foi importante para as mudanças que aquela época aspiravam, mas que as conquistas de hoje são outras, e que passamos por um processo de evolução. ‘’Uma coisa é saber que existe tortura, outra coisa é saber que uma mulher foi torturada dessa forma. Fico muito impressionado com a coragem dela, mas sinceramente, não sei se os jovens de hoje teriam essa postura de bravura por causa de algum ideal’’, desabafou ele.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Finalmente o Brasil pode alcançar o investment grade


Após tantos sacrifícios fiscais e limitações estruturais aos investimentos que precisariam ser feitos para elevar as condições de competitividade do país frente às demais nações do mundo, os mapas econômicos internacionais começam a apontar o Brasil como o próximo país a alcançar o almejado “Investment grade”. Isso, porque o Brasil atinge o menor nível de sua história. Isso significa que um grande volume de investimentos passará a ter como destino o Brasil.O investiment grade é um processo que tomou fôlego no fim dos anos noventa no segundo mandato de FHC, com a mudança do câmbio flutuante e controle da inflação e política fiscal.
Atingir o Investment grade, novas perspectivas de investimentos fará multiplicar os recursos internacionais hoje à disposição dos empreendedores brasileiros. Para as empresas, o Brasil passar da letra B para A na nota dessas agências de avaliação de risco pode significar muita coisa, como ampliação do mercado, do volume de vendas e, o mais importante, da credibilidade coletiva do país e seus empresários. A queda do risco detona também uma redução drástica do custo do capital para novos investimentos. Ao comentar a classificação,o presidente Lula não deixou de lembrar o ineditismo da condição,e afirmou que só conquistamos esse patamar, porque há quase 7 anos o Brasil vem cumprindo suas metas fiscais.
A novidade exige, porém, uma reflexão sobre que tipo de garantias cada empresário deverá oferecer sobre o seu próprio negócio aos eventuais investidores internacionais, e quais serão as novas responsabilidades de quem usufruir desse fluxo financeiro em favor da sua empresa. A atitude de abrir-se a essas fórmulas de financiamento, pela captação de recursos de grupos de investimentos internacionais, implica muito mais do que a disposição para o mercado aberto ou assimilação de novos sócios para os velhos negócios.
Para o economista e consultor Carlos Caixeta, Este é um fato histórico e que merece ser aplaudido por todos. Segundo ele, o investiment grade é um reconhecimento da credibilidade do Brasil no mercado internacional, e isso certamente trará bons frutos para a economia brasileira “O Brasil espera por esse selo há mais de vinte anos. Alcançá-lo agora significa que o país paga todas as suas obrigações”, afirmou ele.
Já o editor de imagens Eustáquio Teixeira, diz nunca ter ouvido falar em investment grade, mesmo afirmando estar sempre atento no que diz respeito á investimentos. Ele que atualmente concentra seus investimentos em compra e aluguéis de contêineres para outros países, diz que espera que o investment grade venha favorecer não somente aos investidores internacionais, mas também aos investidores nacionais.

Finalmente o Brasil pode alcançar o investment grade

Após tantos sacrifícios fiscais e limitações estruturais aos investimentos que precisariam ser feitos para elevar as condições de competitividade do país frente às demais nações do mundo, os mapas econômicos internacionais começam a apontar o Brasil como o próximo país a alcançar o almejado “Investment grade”. Isso, porque o Brasil atinge o menor nível de sua história. Isso significa que um grande volume de investimentos passará a ter como destino o Brasil.
Atingir o Investment grade e novas perspectivas de investimentos e fará multiplicar os recursos internacionais hoje à disposição dos empreendedores brasileiros. Para as empresas, o Brasil passar da letra B para A na nota dessas agências de avaliação de risco pode significar muita coisa, como ampliação do mercado, do volume de vendas e, o mais importante, da credibilidade coletiva do país e seus empresários. A queda do risco detona também uma redução drástica do custo do capital para novos investimentos.
A novidade exige, porém, uma reflexão sobre que tipo de garantias cada empresário deverá oferecer sobre o seu próprio negócio aos eventuais investidores internacionais. E quais serão as novas responsabilidades de quem usufruir desse fluxo financeiro em favor da sua empresa. A atitude de abrir-se a essas fórmulas de financiamento, pela captação de recursos de grupos de investimentos internacionais, implica muito mais do que a disposição para o mercado aberto ou assimilação de novos sócios para os velhos negócios.
Para o economista e consultor Carlos Caixeta, Este é um fato histórico e que merece ser aplaudido por todos. Segundo ele, o investimente grade é um reconhecimento da credibilidade do Brasil no mercado internacional, e isso certamente trará bons frutos para a economia brasileira “O Brasil espera por esse selo há mais de vinte anos. Alcançá-lo agora significa que o país paga todas as suas obrigações”, afirmou ele.
Já o editor de imagens Eustáquio Teixeira, diz nunca ter ouvido falar em investment grade, mesmo afirmando estar sempre antenado no que diz respeito á investimentos. Ele que atualmente concentra seus investimentos em compra e aluguéis de contêineres para outros países, diz que espera que o investmente grade venha favorecer não somente aos investidores internacionais, mas também aos investidores nacionais.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

RESISTENTES Á INTERNET

Excluídos do mundo moderno
Por Erlinda Santos
Pesquisas da FGV mostram que uma grande parcela da população brasileira não tem nenhum tipo de contato com a Internet. Por incrível que pareça, ainda existem pessoas que tratam o computador, (considerado a máquina do futuro), como algo estranho, que nunca nem se quer tiveram acesso. O mesmo computador que já faz parte da família, e que está no dia -dia executando uma série de serviços essenciais, servindo de entretenimento, substituindo cartas, telefonemas, estreitando laços e até mesmo servindo para matar a saudade de quem está do outro lado do mundo, por algumas pessoas é visto como um bicho de sete cabeças. E-mail, orkut, MSN, on-line, são expressões que ainda estão fora do cotidiano de quem nunca teve a chance de sentar-se diante de um computador e digitar pelo menos algumas palavras ou mandar um simples e-mail. É como se vivessem em outros planetas, longe dos recursos proporcionados pela Internet. Os internautas costumam dizer que pessoas assim tem ``três orelhas``, de tão diferentes que são das pessoas que usam a Internet. Estamos falando do famoso e futuramente extinto analfabeto digital.
``Não sei nada sobre essa tal de Internet. Aliás, só sei o que passa pela televisão, e sei que da mesma forma que pode ajudar muita gente, também pode prejudicar. Sei que as pessoas fazem compras pela Internet, e ouço muito falar em sites de relacionamento, mas confesso que nem sei pra que serve isso. Fico sabendo de muita gente que acabou sendo lesada através da Internet. Apesar de Ter uma filha jornalista que usa constantemente a Internet, eu nunca cheguei perto de um computador, afirma dona Dejanira Luiza Pereira de 74 anos. Segundo ela, a Internet não existe em seu universo, e que sente muito medo das coisas ruins que ela pode provocar. Ela divide suas opiniões entre o que pode ser positivo ou negativo através desse recurso que é sinônimo de vida moderna. Não, para ela, garante dona Dejanira.
A diarista Nazaré da Silva Ribeiro de 34 anos, mãe de dois filhos de 7 e de 11 anos, afirma não saber nem ao menos ligar um computador, mas que é ciente da importância da Internet no mundo atual. Ela diz que apesar de estar totalmente fora da era digital, tem vontade de aprender, até mesmo para não continuar se sentindo um peixe fora dàgua, e quer que os dois filhos aprendam tudo de Internet para que não passem pelos mesmos constrangimentos que já passou por ser uma analfabeta digital. `` Já cheguei a perder vários empregos por não saber nada sobre computação, e tenho noção de como isso atrasou minha vida. Não quero que esses problemas se repitam com meus filhos. Resisto ao mundo digital que é bem mais complicado, e a Internet, mas sei que tenho que me adaptar a essa nova fase, que é mais do que nunca, essencial para o funcionamento da vida moderna``. Conclui ela, ciente da importância da inclusão digital.