Após tantos sacrifícios fiscais e limitações estruturais aos investimentos que precisariam ser feitos para elevar as condições de competitividade do país frente às demais nações do mundo, os mapas econômicos internacionais começam a apontar o Brasil como o próximo país a alcançar o almejado “Investment grade”. Isso, porque o Brasil atinge o menor nível de sua história. Isso significa que um grande volume de investimentos passará a ter como destino o Brasil.O investiment grade é um processo que tomou fôlego no fim dos anos noventa no segundo mandato de FHC, com a mudança do câmbio flutuante e controle da inflação e política fiscal.
Atingir o Investment grade, novas perspectivas de investimentos fará multiplicar os recursos internacionais hoje à disposição dos empreendedores brasileiros. Para as empresas, o Brasil passar da letra B para A na nota dessas agências de avaliação de risco pode significar muita coisa, como ampliação do mercado, do volume de vendas e, o mais importante, da credibilidade coletiva do país e seus empresários. A queda do risco detona também uma redução drástica do custo do capital para novos investimentos. Ao comentar a classificação,o presidente Lula não deixou de lembrar o ineditismo da condição,e afirmou que só conquistamos esse patamar, porque há quase 7 anos o Brasil vem cumprindo suas metas fiscais.
A novidade exige, porém, uma reflexão sobre que tipo de garantias cada empresário deverá oferecer sobre o seu próprio negócio aos eventuais investidores internacionais, e quais serão as novas responsabilidades de quem usufruir desse fluxo financeiro em favor da sua empresa. A atitude de abrir-se a essas fórmulas de financiamento, pela captação de recursos de grupos de investimentos internacionais, implica muito mais do que a disposição para o mercado aberto ou assimilação de novos sócios para os velhos negócios.
Para o economista e consultor Carlos Caixeta, Este é um fato histórico e que merece ser aplaudido por todos. Segundo ele, o investiment grade é um reconhecimento da credibilidade do Brasil no mercado internacional, e isso certamente trará bons frutos para a economia brasileira “O Brasil espera por esse selo há mais de vinte anos. Alcançá-lo agora significa que o país paga todas as suas obrigações”, afirmou ele.
Já o editor de imagens Eustáquio Teixeira, diz nunca ter ouvido falar em investment grade, mesmo afirmando estar sempre atento no que diz respeito á investimentos. Ele que atualmente concentra seus investimentos em compra e aluguéis de contêineres para outros países, diz que espera que o investment grade venha favorecer não somente aos investidores internacionais, mas também aos investidores nacionais.